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O que é Outubro Rosa?

Na década de 90, a Fundação Susan G. Komen For The Cure criou uma campanha para arrecadar dinheiro para a causa do câncer de mama, e ajudar a evitar o desenvolvimento da enfermidade.

Mas afinal, o que é Outubro Rosa? É um desdobramento desta ação surgida nos anos 90. Através de uma série de jornadas que acontecem no mês de mesmo nome, a intenção é basicamente a mesma: conscientizar sobre a necessidade de se informar e prevenir o desenvolvimento do câncer de mama.

Progresso esse que, segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), pode atingir, anualmente, cerca de uma a cada quatro mulheres em todo o mundo.

Câncer de Mama: diagnóstico precoce é a melhor opção

Como citado acima, o câncer de mama é a enfermidade que mais atinge o sexo feminino. O Instituto Nacional do Câncer de Mama (INCA) estipula um número de mais de 40 mil mulheres infectadas pelo câncer de mama todos os anos. São 24,2% de casos registrados apenas em 2018.

No mesmo ano, de cada 100 mulheres, 13 morreram devido às complicações desta doença. Com toda a certeza é um número alarmante, mas que pode ser evitado se o diagnóstico precoce for aplicado com precisão.

No infográfico abaixo, produzido pelo INCA, você pode verificar o crescimento da taxa de mortalidade para cada faixa etária por conta do câncer de mama, entre os anos de 1980 a 2018:

Sendo detectado em seu estágio inicial, o tumor mamário possui um índice de cura de 90%, sem a necessidade de remoção da mama. De tal forma é importante salientar a necessidade de se realizar o autoexame, pois através dele pode ser perceptível notar tumores com cerca de 1 cm de diâmetro.

Porém, além de todas essas indicações, a paciente pode seguir algumas condições que servem para frear o desenvolvimento da doença. São elas:

  • fazer, mensalmente, o autoexame;
  • ingestão de alimentos que contenham vitamina A;
  • realizar, anualmente, exames médicos;
  • controlar o peso;
  • evitar o consumo de alimentos gordurosos.

Leia mais: É possível prevenir o câncer de mama? 

Leia mais: Câncer de mama pode ser detectado de forma precoce e tratado com eficácia

Fatores de risco

Muitas dúvidas ainda aparecem devido ao surgimento do câncer de mama, pois as pessoas relacionam a idade como fator de desenvolvimento da doença. Portanto, é necessário ter conhecimento de todos os fatores de risco que envolvem o desenvolvimento da enfermidade.

Segundo o Ministério da Saúde, estas são as principais razões pelas quais devemos ficar de olho, diante de todo e qualquer questionamento. Confira:

História reprodutiva

  1. Menstruação antes dos 12 anos;
  2. Não ter tido filhos/não ter amamentado;
  3. Gravidez após os 30 anos;
  4. Menopausa após os 55 anos/ter feito reposição hormonal após os 55 anos;
  5. Usar contraceptivos hormonais.

Genéticos/Hereditários

  1. Histórico familiar de câncer de ovário;
  2. Alteração genética (genes BRCA1 e BRCA 2);
  3. Histórico de câncer de mama na família, antes dos 50 anos de idade;
  4. Histórico de câncer de mama em homens da mesma família que a paciente.

Comportamentais/ambientais

  1. Sedentarismo;
  2. Desenvolvimento de obesidade ou sobrepeso após a menopausa;
  3. Exposição constante a Raio-X;
  4. Consumo de bebidas alcóolicas.

Leia mais: Fatores de risco para o câncer de mama

Sinais de alerta: Quais os principais sintomas?

Os sinais e sintomas do câncer de mama podem variar de pessoa para pessoa, inclusive não ocorrendo manifestações em alguns dos casos. Contudo, o período mais indicado para a mulher fazer o autoexame é após a menstruação, quando as mamas se encontram menos inchadas, o que facilita a percepção de alguma anormalidade.

Mas não custa lembrar que, ao perceber algum tipo de alteração na região mamária, a mulher deve se consultar com seu médico para obter um diagnóstico oficial e, posteriormente, dar início ao melhor tratamento para combater a doença.

De qualquer forma, os sinais e sintomas mais comuns do câncer de mama são os seguintes:

  1. Inchaço parcial ou total da mama;
  2. Dor na mama ou mamilo;
  3. Vermelhidão;
  4. Inchaço;
  5. Irritação da mama;
  6. Nódulo endurecido;
  7. Secreção do mamilo (sanguinolenta/serosa);
  8. Inversão do mamilo;
  9. Aumento dos linfonodos.

Antes de mais nada vale citar que, em sua grande maioria, os casos de câncer de mama quase sempre são diagnosticados quando já se encontram em estágio avançado e que alguns desses sintomas podem variar, podendo ser combinados com outros indícios.

LEIA MAIS: Dores mamárias podem ser confundidas com câncer de mama

Diagnóstico

O diagnóstico para definir se a mulher está ou não com câncer de mama passa por diferentes etapas, portanto exige alguns exames específicos para se detectar a causa do aparecimento de um nódulo.

Caso surjam as primeiras desconfianças sobre alterações nas mamas, deve-se procurar, primeiramente, um ginecologista. Ele será responsável por orientar a paciente em relação à questão e diagnosticar o problema, indicando-a a um mastologista.

Após este primeiro contato, a investigação é realizada com a solicitação de exames como a mamografia, ultrassom ou ressonância magnética que, através da captação de imagens, poderão estudar a intensidade da lesão.

Em contrapartida, apenas os diagnósticos por imagem não servem para definir se o nódulo que a mulher apresenta é realmente um câncer de mama. É necessária uma biópsia para verificar o material. Após essa extração, a amostra é encaminhada para um patologista, responsável por estudar o tecido em si e estipular o resultado final.

Tratamento

O tratamento do câncer de mama evoluiu bastante nos últimos anos, possibilitando às mulheres o acesso a métodos menos invasivos. Entretanto, a forma como esses procedimentos são aplicados dependem basicamente das condições apresentadas pela doença, assim como as características biológicas e do organismo da paciente.

Além dessas questões, é importante se analisar o prognóstico do câncer de mama e como está o processo de extensão da mesma. Em alguns casos, por ser detectada no início, tratamentos mais eficazes podem ser aplicados com grandes chances de remissão. Caso contrário, alguns recursos mais paliativos são utilizados para dar qualidade de vida à paciente, principalmente nas situações em que a metástase for detectada.

Dessa maneira, o profissional que vai se encarregar de indicar o melhor caminho a ser tomado é o oncologista. É ele quem irá diagnosticar, tratar e prevenir o câncer de mama, buscando a possibilidade mais efetiva para o sucesso no enfrentamento da doença.

Com efeito, os tratamentos mais utilizados para combater o câncer de mama são os seguintes:

Quimioterapia

A quimioterapia se utiliza da aplicação de medicamentos por via intravenosa para frear a atividade desregrada das células consideradas anormais, atuando para a sua eliminação.

A duração deste tratamento vai depender de alguns fatores específicos, como idade da paciente, intensidade do tumor, entre outras variáveis. Assim sendo, a previsão é de quatro a seis meses (em casos de recidiva, isto é, quando a doença reaparece após a cura), e por tempo indeterminado em caso de metástases.

Amamentação X Quimioterapia

Uma das dúvidas mais frequentes para as mulheres que atravessam o período de quimioterapia é se elas poderão continuar a amamentar durante o tratamento. A indicação é de que a paciente mantenha um diálogo aberto com seu médico, afim de buscar uma saída para a questão.

A medicação pode interferir diretamente na qualidade do leite materno, o que pode ser prejudicial ao desenvolvimento do bebê. Da mesma forma, se não for possível parar a amamentação, o oncologista poderá prescrever medicamentos mais amenos.

Com efeito, há o lado positivo da situação. Se você não possui nenhum tipo de sintoma referente ao câncer de mama, saiba que o ato de amamentar é extremamente eficaz no sentido de se proteger contra o câncer. A amamentação, se exercida por dois anos, reduz em 10% o risco de câncer de mama, como podemos verificar no infográfico abaixo:

Hormonioterapia

Conhecido também como terapia endócrina, este tratamento visa impedir a ação dos hormônios sobre os receptores inseridos nas células tumorais. As medicações podem ocorrer tanto por via intravenosa quanto oral, e em alguns casos pode-se realizar o procedimento de retirada dos ovários.

A hormonioterapia só é indicada para os tipos de câncer causados por hormônios sexuais femininos.

Cirurgia

A cirurgia é indicada em casos nos quais a retirada do tumor primário e dos linfonodos auxiliares ajuda a evitar que a doença se espalhe e atinja as margens de ressecção. Como resultado, este processo precisa ser analisado com cuidado, pois depende tanto do tamanho do tumor quanto das mamas.

Dividido em dois métodos, o procedimento pode ser aplicado de duas formas: quadrantectomia e mastectomia radical. A primeira corresponde à retirada das partes da mama que se encontram atingidas pelo tumor, e a segunda é a retirada total do seio.

No caso da retirada total, a paciente pode optar pela cirurgia de reconstrução mamária. No entanto, este procedimento não substitui a mama natural.

Em alguns casos, o cirurgião plástico utiliza tecidos das nádegas, barriga ou ombros para a reconstrução, o que pode deixar essas partes do corpo bem diferentes de como se apresentavam antes. Ou seja, nunca deixe de consultar o médico antes de tomar qualquer iniciativa.

Terapia-alvo

Conhecida também como tratamento de precisão, é um método relativamente novo, que consiste em diminuir o crescimento do tumor ao atrapalhar a ação das células cancerosas. Sem muitos efeitos colaterais, a terapia-alvo age diretamente nas proteínas que atingem as células cancerosas, preservando aquelas que são saudáveis.

O que é Mamografia?

A mamografia é o exame responsável por diagnosticar a presença do câncer de mama. Para isso, são coletadas imagens dos seios através de um equipamento denominado mamógrafo, que funciona como uma espécie de Raio-X.

LEIA MAIS: Outubro rosa: entenda a importância da mamografia

Como é feita a mamografia?

Ela consiste em duas placas que são posicionadas nas mamas da paciente, pressionando-as por alguns segundos, justamente para que essas mesmas imagens possam ser registradas. Após o procedimento, elas são impressas para que o mastologista (profissional responsável pela investigação) possa analisar e detectar se existe algum tumor na região.

A mamografia dói?

Sim, mas é uma sensação que depende muito da sensibilidade de cada paciente. Como as mamas são comprimidas na hora do exame, pode ocorrer um certo desconforto. Entretanto, os sintomas de dor podem ocorrer com maior facilidade em mulheres mais jovens, e com seios maiores.

Mas dependendo do caso, a mamografia pode ser realizada após o período menstrual, para que a sensação de dor seja reduzida.

Como fazer o autoexame de mama?

Mesmo não sendo frequente em mulheres abaixo dos 35 anos de idade, é importante realizar o autoexame das mamas a partir dos 20 anos, para evitar o aparecimento de futuros problemas. No entanto uma dúvida permeia a mente das mulheres: como fazer esse procedimento? Confira abaixo um passo a passo:

 

 

Após tirar a blusa e o sutiã, verifique abaixo do braço direito se a mama apresenta algum sinal de inchaço, ou se existe algum caroço nas axilas;

 

 

Repita o mesmo procedimento anterior, mas buscando algum sinal de secreção nos mamilos;

 

 

Toque as mamas e busque algum sinal de retração, rugas ou ferimentos nessa região;

 

 

Verifique se existem pontos que causam dor nas mamas ou no mamilo;

 

 

Nesta posição, toque as mamas para encontrar outros possíveis inchaços;

 

 

Exercite o toque e perceba se existe alguma alteração no formato e tamanho da pele ou das mamas.

Leia mais: Autoexame: saiba tudo sobre o procedimento 

Conclusão

Apesar do Outubro Rosa dedicar o mês inteiro para o combate e prevenção do câncer de mama, não espere chegar esse mês para dar início aos cuidados com a sua saúde.

Com a Incórpore, você pode contar com uma equipe de profissionais qualificados e responsáveis (entre eles ginecologistas, mastologistas e oncologistas), lhe orientando e buscando alternativas para evitar o aparecimento desta enfermidade. Não apenas o corpo, mas a mente também agradece!

E lembre-se: sempre realize o autoexame!