- 23/01/2019
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É verdade que os dias quentes trazem muita diversão: mais chances de aproveitar a praia e a piscina, céu aberto para passear e fazer vários programas com a família e os amigos pela cidade. Mas ficar muito tempo exposto ao sol também pode ser perigoso, já que as altas temperaturas tendem a aumentar as chances de sofrer um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC).
Isso acontece porque as altas temperaturas influenciam diretamente a pressão arterial. Todos estão mais habituados a ouvir falar do efeito do calor sobre a dilatação dos vasos sanguíneos, desidratação, queda da pressão arterial e sensação de desmaio. Porém, o contrário também pode ocorrer: segundo o dr. Alexandre Rouge, coordenador da Cardiologia do Hospital São Lucas Copacabana, o calor altera a espessura do sangue, pode contrair os vasos sanguíneos e acelerar a frequência cardíaca, resultado do maior esforço que o corpo faz para regular a temperatura interna. Quem tem colesterol alto, hipertensão arterial ou diabetes está mais propício a sofrer com essa realidade, que fica mais perigosa quando o termômetro passa dos 32 graus.
“O ideal é prevenir esse quadro, que pode ser potencialmente grave. Beber bastante água e sucos naturais, escolher roupas de tecidos leves, lugares mais frescos e evitar os alimentos gordurosos ou com açúcar, assim como o excesso de bebida alcoólica, ajuda a manter o corpo equilibrado”, afirma o especialista. Não fazer muito esforço físico nos horários de pico de calor também é uma forma de evitar desgaste desnecessário.
Mesmo que todas as medidas sejam tomadas, ainda pode haver a chance de o calor influenciar a saúde do corpo. Estar atento aos sinais e primeiros sintomas de infarto e AVC é essencial para que seu tratamento seja efetivo e aumente as chances de recuperação do paciente. Conheça abaixo os indícios mais comuns dessas doenças:
– batimento cardíaco em ritmo acelerado (palpitação);
– dor no peito, principalmente no lado esquerdo, que pode irradiar para outras áreas como queixo e braços;
– dor de cabeça;
– tonturas;
– sensação de ansiedade.
Caso esses sintomas sejam identificados, o paciente deve ser levado o mais rápido possível para a emergência mais próxima para que ele possa receber o cuidado especializado.
Fonte: Dr Alexandre Rouge
Originalmente publicado no Blog do Hospital São Lucas Copacabana