- 03/03/2022
- Posted by: Incórpore Centro Médico
- Category: Blog, Saúde
Em fevereiro, foi celebrada a campanha Fevereiro Roxo e Laranja. O objetivo da divulgação é conscientizar sobre o tratamento de doenças crônicas e a importância do diagnóstico precoce no tratamento da leucemia representada pela cor laranja.
Embora a leucemia não esteja entre os tipos de câncer mais comuns e ou apresente os maiores números de óbitos no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima que somente em 2020 a doença tenha sido detectada em 10.810 brasileiros, sendo 5.920 homens e 4.890 mulheres.
Em 2019, segundo informações do Atlas de Mortalidade por Câncer, a leucemia foi responsável por 7.370 óbitos, sendo 4.014 homens e 3.356 mulheres.
O que é a Leucemia?
A leucemia é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, acumulando células doentes na região que afetam a produção de glóbulos brancos (leucócitos), responsáveis por combater infecções no organismo.
Durante a leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa.
“A célula anormal não trabalha de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais e substitui as células sanguíneas saudáveis da medula óssea por células anormais cancerosas”, explica.
O Dr. Luís Guilherme ressalta que muitas vezes a causa da doença é desconhecida, mas que fatores de risco como tabagismo, histórico familiar, exposição a produtos químicos como o benzeno, formaldeído, agrotóxicos e outras condições de saúde influenciam no surgimento da leucemia.
Tipos de Leucemia
De acordo com o INCA, existem mais de 12 tipos de leucemia divididas em quatro grupos primários: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
As leucemias podem ser agrupadas pela velocidade de evolução e com que se torna grave, sendo classificadas em crônicas (que geralmente se agravam lentamente) ou agudas (que pioram rapidamente).
Crônica: no início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais e geralmente é descoberta em exames de sangue de rotina. À medida que o número de células doentes aumenta, surgem inchaços nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Os sintomas iniciais são brandos, mas se agravam gradativamente.
Aguda: as células leucêmicas não conseguem executar nenhum trabalho das células sanguíneas normais e o número de células leucêmicas cresce rapidamente, agravando a doença em um curto espaço de tempo.
Sintomas
Os principais sintomas decorrentes do excesso de células adoecidas na medula óssea que impedem a formação de células saudáveis e diminuem a quantidade os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e plaquetas são:
Glóbulos vermelhos: fadiga, falta de ar, palpitação e dor de cabeça;
Glóbulos brancos: queda de imunidade, vulnerabilidade a infecções graves ou recorrentes;
Plaquetas: sangramentos (mais comuns da gengiva e nariz), manchas e/ou pontos roxos na pele.
O paciente pode apresentar outros sinais como gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, em especial na região do pescoço e das axilas, febre e suores noturnos, perda de peso sem motivo aparente, dores nos ossos e articulações, inchaço na região abdominal.
Diagnóstico Precoce
Como em qualquer tipo de doença, especialmente o câncer, o diagnóstico precoce é fundamental para a efetividade do tratamento a fim de curar ou reduzir os impactos da patologia e proporcionar uma boa qualidade de vida ao paciente.
No caso da leucemia, uma das formas de investigar e comprovar uma suspeita sobre a presença da doença é realizar um hemograma. O exame de sangue apontará se há um aumento (em poucos casos diminui) de leucócitos associado, ou não, ao número de hemácias e plaquetas.
A partir disso, o oncologista pode solicitar outros exames de bioquímica e de coagulação que, caso o paciente esteja com leucemia, terão seus resultados alterados.
Por fim, a confirmação diagnóstica será feita com o exame de medula óssea (mielograma), no qual se retira uma pequena quantidade de sangue originário do material esponjoso de dentro do osso para avaliar a forma, os cromossomos, as mutações genéticas e o fenótipo das células.
Em alguns casos pode ser solicitada uma biópsia da medula óssea. Nesse caso, um pequeno pedaço do osso da bacia é enviado para análise por um patologista.
Tratamento
O tratamento será receitado pelo especialista de acordo com o tipo da leucemia e sua gravidade. Todos os tratamentos terão o objetivo de eliminar as células leucêmicas para a medula óssea voltar a produzir células normais.
Podem ser indicados métodos como: quimioterapia (combinações de quimioterápicos), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas, e também, prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Em alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.
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