- 18/09/2017
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- Category: Saúde

Apesar de muitas pessoas acharem que o colesterol é uma substância maléfica, na verdade ele é fundamental para o funcionamento normal do nosso corpo. O colesterol é um tipo de gordura e um componente das membranas celulares, e também participa da síntese dos hormônios esteroidais, dos ácidos biliares e da vitamina D. Aproximadamente 70% do colesterol é produzido pelo fígado e os outros 30% são provenientes da dieta.
Embora o colesterol seja essencial à vida, quando em excesso (hipercolesterolemia), pode se depositar nas paredes das artérias dando início a um processo chamado de aterosclerose, ocorrendo de maneira proporcional à concentração dessas partículas no plasma. A evolução deste processo pode levar à obstrução das artérias e provocar um infarto do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC), entre outras complicações cardiovasculares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares (DCV) são a causa número 1 de morte em todo o mundo. Há uma estimativa de que 17,7 milhões de pessoas morreram em 2015 de DCV, representando 31% de todas as mortes globais. No Brasil, atualmente ocorrem mais de 350 mil mortes cardiovasculares a cada ano, das quais cerca de 2/3 são em decorrência de IAM e AVC.
O tratamento da hipercolesterolemia e a sua prevenção envolvem manter hábitos saudáveis, como cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e cessar o tabagismo. Em relação à alimentação, evitar o consumo excessivo de gordura, presentes nas carnes vermelhas, pele de aves, bacon, manteiga e frituras em geral. Dar preferência para o leite e iogurte desnatados, queijo branco, ricota, cottage, peixes, aves sem pele, carnes magras e ingerir mais fibras solúveis (aveia, flocos de milho, ameixas, frutas e verduras). Nos casos em que estas medidas são insuficientes para manter o colesterol em níveis saudáveis será necessário o uso de medicamentos e estes devem ser utilizados de maneira contínua. Abandonar o uso, quando indicado, coloca o paciente em risco e aumenta a mortalidade.
Por: Dra. Caroline Walger da Fonseca (CRM/PR 28200)
Médica endocrinologista na InCórpore Centro Médico