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Dietas da Moda

DIETAS DA MODA – Muito cuidado com elas…

Hoje mais do que nunca o objetivo da população é emagrecer, não importando o custo disto. Com isso, muitas dietas são criadas, prometendo resultados tão rápidos quanto a velocidade com que se propagam.

De uma maneira geral, todas estas dietas são muito restritivas tanto em termos de alimentos que podem ser consumidos, quanto em termos calóricos. Aqui já temos um primeiro problema: a limitação dos alimentos é um fator crucial para a adesão do indivíduo à dieta. Normalmente ele a segue durante um certo tempo e depois não consegue mantê-la. É por isso que hoje em dia se opta pela reeducação alimentar, onde não necessariamente se reduz muito a quantidade de comida, mas ensina-se fazer as escolhas certas (estando sempre atento à qualidade da alimentação).

Daí alguém mais ansioso poderia questionar: Mas se este pequeno tempo que eu sigo a dieta me fizer emagrecer um pouco, já não está bom? Neste caso, deparamo-nos com o segundo problema: a restrição em termos calóricos.

Claro que emagrecer é uma questão de redução de calorias ingeridas e aumento das calorias gastas em atividades, mas o que ocorre é que esta redução nas calorias não pode ser muito drástica e por períodos prolongados.

Estudos comprovam que dietas de 800 a 1000 calorias diárias podem não ser suficientes para fornecer as quantidades ideais de micronutrientes (vitaminas e minerais) essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. Isto ocorre tanto pela pequena quantidade de alimentos ingeridos quanto pela restrição e monotonia alimentar.

Além de serem chatas, as dietas restritivas levam grande parte das pessoas à depressão e provocam um déficit de memória, por causarem alterações hormonais e em termos de Sistema Nervoso Central.

Outro ponto negativo referente as restrições dietéticas é uma rápida perda de peso no início do tratamento às custas da diminuição dos estoques de glicogênio (a forma como armazenamos a energia dos carboidratos no nosso corpo). Como conseqüência, temos a redução de uma das reservas mais imediatas de energia, podendo até prejudicar o desempenho em atividades físicas e proporcionar um falso emagrecimento: ao perder um grama de glicogênio armazenado, perde-se junto três gramas de água; considerando-se que nossos estoques são em torno de 400g no total e que tenhamos eliminado metade dele, teríamos uma perda na balança  total de 800g, sendo 200 g de glicogênio mais 600g de água. E a gordura, que era o que realmente interessava?

No que se refere ao metabolismo do corpo, está comprovado que dietas com baixas calorias promovem uma diminuição da taxa de metabolismo de repouso (que é a quantidade de energia gasta pelo o organismo para se manter vivo durante um dia) em 15% após duas semanas. Isto significa que, gradativamente, o corpo “se adapta” à  restrição alimentar, só que da pior forma possível: queimando menos calorias! Cada vez mais, você tem que diminuir a sua ingesta calórica para continuar emagrecendo!

Um baixo consumo de calorias, por períodos prolongados, desvia a principal função da proteína no corpo (construção e reparação de tecidos) para passar a produzir energia a partir da proteína do tecido muscular.

Com isso, parece claro que as dietas restritivas não passam de produtos comerciais inescrupulosos, prometendo uma perda rápida de peso mas, como foi dito acima, às custas de sérios prejuízos para o seu organismo. Neste sentido, é muito melhor perder peso lentamente, com uma alimentação balanceada, que atenda todas as suas necessidades nutricionais essenciais, e principalmente que conserve a sua saúde e qualidade de vida.

 

Elaborado pela Nutricionista: Camila Pinto (CRN 9687)



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