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Uso excessivo de telas na infância pode ser prejudicial

Da ansiedade ao desenvolvimento de miopia, estudos evidenciam os danos causados em crianças por uso exagerado de smartphones

Quanto tempo seu filho passa em frente às telas? Já parou para pensar. Se ele fica muito tempo em frente ao celular, já pode ligar o sinal de alerta. Pois, pesquisas recentes advertem o perigo quanto ao uso inadequado dos smartphones, videogames e televisões por crianças.

Em estudo revelado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de até 5 anos devem passar, no máximo, uma hora em frente ao celular. Por outro lado, para quem tem até 1 ano, não é recomendado ter contato com telas e para as de 2 anos, um tempo de até uma hora (preferencialmente menos). Para aquelas que têm entre 3 e 5 anos, o tempo sedentário de tela também não deve ultrapassar de uma hora, sendo quanto menos, melhor. Para exemplificar o motivo do alerta, a OMS divulgou uma pesquisa que prevê que, até 2020, 35% das crianças devem desenvolver miopia, sendo uma das causas o uso inadequado de telas. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as crianças acima de 6 anos podem ficar expostas ao celular por pelo menos 2h dia, sempre com a supervisão dos pais. O estudo médico do  “The Lancet Child & Adolescent Health” recomenda que crianças entre 5 e 13 anos, para obter bom desenvolvimento físico e cerebral, deve vivenciar todos os dias o chamado “dia ideal” com  9 a 11 horas de sono ininterrupto, ao menos uma hora de exercícios físicos moderados e no máximo duas horas em frente ao celular com fins recreativos. 

Para tanto, esses alertas de grandes organizações e pesquisadores servem para mostrar aos pais como é prejudicial, principalmente o uso de smartphones por crianças. Entre as consequências estão o desenvolvimento precoce da ansiedade, a dificuldade de relacionar-se em sociedade, à sexualização precoce, o cyberbullying, desenvolvimento de comportamento violento, transtorno de sono, má alimentação, baixo rendimento escolar e problemas de visão. Para a psicóloga Danielle Martins, celulares, televisão e jogos eletrônicos podem ser aliados dos pais, desde que não haja exagero. “O ideal é evitar o uso de telas até 2 anos, depois dessa idade é recomendado a escolha de programas que permitam a interação inteligente, desenvolvendo o intelecto e o emocional dos pequenos”, explica a psicóloga. 

Para tanto, se a criança já dá sinais dos problemas citados acima, é bom os pais começarem a repensar no tempo em que o filho fica mexendo no celular, jogando videogame ou assistindo televisão. “Encontramos conteúdos criativos, interativos e educacionais na internet, porém muitos pais não têm o devido controle do que o filho consome, por isso, o alerta. Além do que ficar exposto por muito tempo à tela é prejudicial à saúde da criança”, finaliza Danielle. 

Em uma pesquisa abordada pela Academia Americana de Pediatria (AAP), o estudo afirmou o tempo em que crianças devem permanecer expostas às telas, sendo:

Até 18 meses: é recomendada nenhuma exposição diária às telas.

Entre 2 e 5 anos: apenas uma hora por dia. A programação deve ser de qualidade, todavia, a entidade recomenda que sejam priorizadas atividades e brincadeiras criativas e que promovam interação.

A partir dos 5 anos: deve haver monitoramento do uso dos dispositivos, os pais devem determinar a quantidade de tempo gasto diariamente, tomando cuidado com o conteúdo em que a criança consome. 

 

Como dosar o uso das telas

A geração atual é digital, são os chamados nativos digitais, que são considerados os que nasceram a partir de 1980. Em 2017 houve um boom no número de crianças que utilizam à internet, por consequência, usam smartphones. De acordo com o TIC Kids Online Brasil em 2017, 93% das crianças e adolescentes brasileiros usaram smartphones ou computadores, um número alarmante se comparado a 2012, quando apenas 21% tinham esse comportamento. 

Por vivermos na era digital é alertado aos pais que realizem controle do uso de smartphones por crianças e adolescentes, pois há também o perigo dos conteúdos impróprios que circulam na internet, além das telas serem prejudiciais à saúde física e mental. Portanto, para quem nasceu na era digital, o importante é dialogar com eles sobre o uso recorrente da internet, e não proibir, pois muitas escolas utilizam-se da tecnologia digital como ferramenta educacional. Para Franciele Aloisio, mãe de Gabriele de 2 anos e Vinícius de 9 anos, controlar o uso da internet é possível, sem tirar a liberdade de cada um. “O Vinícius não gostava de celular até aprender na escola, pois os amiguinhos tinham, com 8 anos ganhou o celular, mas eu não liberei o uso das redes sociais, ele apenas joga e eu controlo o tempo. Já a Gabriele, ela fica mais calma assistindo vídeos infantis pelo youtube, mas é impossível não usar o smartphone hoje”, destaca Franciele.

Para tanto algumas dicas podem ajudar os pais quanto ao controle:

– Mantenha um diálogo, além de orientar e controlar o uso dos aparelhos;

– Evite que crianças abaixo de 6 anos mantenham-se mais de 2 horas no celular;

– Ensine os filhos a usar aplicativos educacionais;

– Não deixe crianças e adolescentes se expor em redes sociais;

– Utilize o Controle Parental, alguns aparelhos trazem essa função para que os pais possam controlar seus filhos no acesso a diversos conteúdos, sendo um sistema de segurança que pode deixar os pais mais tranquilos;

– Os pais precisam ser espelhos dos filhos, se você permanece o tempo todo conectado,  ele também vai querer.

Dicas de aplicativos para controlar o uso de dispositivos

O Screen Time Parental Control é um aplicativo que foi desenvolvido para vigiar e impedir que crianças passem diversas horas em frente às telinhas. O Screen Time pode ajudar os pais a limitar várias tarefas como o tempo de uso ou colocar uma quantidade de horas permitida, que, se for ultrapassada, enviará uma mensagem aos pais e bloqueará o dispositivo da criança. 

Outro aplicativo indicado é o FameSafe que auxilia no uso de dispositivos, seu diferencial é que ele mostra a localidade do aparelho, além de reportar as atividades acessadas pela criança. Tanto o Screen Time quanto o FameSafe podem ser baixados em seu website oficial e usar a versão de avaliação gratuita com o acesso a todas as funções disponíveis.

A seguir um vídeo que traz explicações sobre o aplicativo Screen Time, confira: